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  18/11/2009 - Sindilojas e Fecomércio afirmam que redução da jornada de trabalho não vai gerar mais empregos
 


O Sindilojas Erechim volta a se manifestar sobre os perigos da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional - PEC nº 231/95 e afirma que, ao contrário do que dizem, de que a redução da jornada de trabalho de 44h para 40 horas vai gerar 2,5 milhões de emprego, esta medida trará desemprego, informalidade e inflação. A informação é do presidente do Sindilojas Erechim, Francisco José Franceschi, que comenta que os defensores da diminuição da carga horária avaliam que seriam criados mais empregos, na medida em que menos horas fossem trabalhadas por um maior número de pessoas. Todavia, segundo a teoria sobre o crescimento econômico, o que permite os países crescerem é o aumento da capacidade de cada indivíduo de gerar riqueza, pois isso faz com que as empresas produzam mais, a um menor custo, viabilizando novos produtos e serviços.
Segundo o economista da Fecomércio-RS, Pedro Luiz Ramos, no Brasil, de 1991 até 2008, os postos de trabalho foram crescendo ao passo que a produtividade do trabalho foi aumentando, indicando existir uma relação positiva entre as variáveis. "Caso a emenda entre em vigor, o que diminuirá a capacidade semanal dos indivíduos de gerarem riqueza, não temos como acreditar que serão gerados empregos, afinal toda a sociedade estará potencialmente com sua capacidade reduzida. Além disso, é inegável que os custos do trabalho aumentarão, forçando as empresas a optarem por mais máquinas e menos trabalhadores", comenta.
Outro argumento a favor da redução afirma que a medida causaria um aumento da renda da população, pois mais pessoas estariam empregadas. Contudo, mesmo havendo o suposto aumento no emprego, a renda da população cairia, pois os salários crescem de acordo com a produtividade do trabalho, indicando-nos que, se houver uma redução na JT, diminuirá a capacidade produtiva, impactando negativamente nos salários.
Na avaliação do Sindilojas e da Fecomércio, primeiro, os assalariados que ganham por produtividade serão os imediatamente atingidos, pois produzirão menos e receberão menos. Já aqueles cujos salários são fixos, de acordo com a jornada de 44h, deverão ser substituídos por trabalhadores com salários proporcionais a 40h. Ademais, o aumento do custo será repassado aos preços finais, implicando aumento da inflação, que causará perda da renda real de todos. Portanto, os possíveis empregos gerados através da redução da JT não têm procedência dentro da teoria sobre crescimento econômico, já que essa medida será um entrave para expansão econômica, com arrefecimento do emprego e da renda.

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