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  22/05/2008 - Dia 27 de maio tem caminhada da consciência tributária
 


O Sindicato do Comércio Varejista de Erechim - Sindilojas - e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Erechimm - CDL - estão convidando empresários e toda a comunidade para participarem da Caminhada da Consciência Tributária a ser realizada na próxima terça-feira, dia 27 de maio - Dia da Liberdade de Impostos -, na Avenida Maurício Cardoso. O evento faz parte da campanha "Chega de Tanto Imposto", que tem como objetivo conscientizar a população de quanto ela paga de impostos sobre cada produto.
A mobilização é uma iniciativa da Aclame - Associação da Classe Média -, com apoio do Sistema Fecomércio - RS - , e será realizada nas principais cidades do Estado. A caminhada inicia às 9 horas, na Praça Júlio de Castilhos, e vai percorrer as três quadras da Avenida Maurício Cardoso com distribuição de folders, adesivos e cartazes.
Segundo os presidentes do Sindilojas e da CDL, Francisco José Franceschi e Henrique Luiz Cervi, o dia 27 de maio é uma data é simbólica por representar, no período de um ano, o dia em que o contribuinte pára de trabalhar para pagar impostos. A carga tributária brasileira é maior que 40% do PIB, e o dia 27 de maio é o 148º dia do ano, data em que são completados 40% dos dias do ano corrente.

A carga de impostos brasileira

Imposto é uma quantia paga, obrigatoriamente, por pessoas ou organizações para um governo, a partir de uma base de cálculo, com o intuito de que estes valores se revertam em benefícios públicos. A quantidade de impostos (tributos) que uma nação paga é proporcional à quantidade de riquezas produzidas. De tal maneira, a carga tributária de um país é medida pela razão existente entre a produção de riquezas (produto interno bruto - PIB) e o volume recolhido de tributos em um determinado período.
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a carga tributária brasileira atingirá 40,51% do PIB em 2008. Isso significa que mais de um terço de tudo o que foi produzido pelos brasileiros nesse período foi entregue aos cofres públicos para que o Estado pudesse prestar seus serviços à população.
Esse aumento sistemático da carga tributária gera um duplo problema para a população brasileira: enquanto a economia se enfraquece, o Estado não é capaz de fornecer serviços de qualidade à sociedade. A carga tributária brasileira não condiz com os benefícios que a sociedade recebe pelo pagamento de impostos. Pagamos impostos para que o Estado garanta condições de saúde, educação e segurança à população, mas somos obrigados a buscar estes serviços na iniciativa privada.
Esse entendimento advém da comparação da carga tributária brasileira com a de outros países. Vejamos a carga tributária de outros países no ano de 2004 , em perspectiva comparada.
A comparação da carga tributária brasileira de 2004 (37,81%) com a de outros países mostra que o brasileiro paga a uma quantidade de impostos superior a de países que são reconhecidos pela excelência com que fornecem serviços públicos à sua população, como a Alemanha (34,6%), a Espanha (35,1%) e o Reino Unido (36,1%). Nossos vizinhos da América do Norte, Estados Unidos e Canadá, operam com cargas tributárias mais baixas que a brasileira, de 33% e 25,4%, respectivamente. Isso significa que os brasileiros pagam, em média, 14,58% mais impostos que os americanos.
Em relação aos nossos vizinhos latino-americanos, temos a maior carga tributária, muito superior à carga da Argentina (21,9%), Chile (19,2%) e México (18,5%). Os chilenos, por sua vez, recebem serviços de saúde, educação e segurança de qualidade superior aos brasileiros.
Os países em processo crescente de desenvolvimento demonstram que o crescimento econômico se viabiliza em sociedades com baixa carga tributária. A China e a Coréia do Sul são os melhores exemplos. Seus bons índices de crescimento do PIB são viabilizados por cargas tributárias de 16,7% e 24,6%, respectivamente.

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