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  06/01/2015 - DIFA: FIM OU JOGO DE EMPURRA EMPURRA
 


Francisco José Franceschi
Presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Alto Uruguai Gaúcho e membro do Grupo de Sindicatos Varejistas do RS.
DIFA: FIM OU JOGO DE EMPURRA EMPURRA
Sai governo, entra governo e o tema está sempre em pauta. Enquanto candidatos e ou oposição são contrários ao imposto por julgá-lo prejudicial a economia e prejudicar os pequenos empreendedores. Após eleitos e ao integrarem a base do governo, o que pensam os parlamentares?
É claramente perceptível que o modelo tributário gaúcho nos últimos governos tem penalizado duramente o pequeno varejo, tirando-lhe competitividade. Não necessitamos ser especialistas e tampouco usar óculos com lentes de longo prazo para identificar os problemas, conforme alegam setores da economia, ao se referir ao chamado Imposto de Fronteira. A pequena empresa, que por ser pequena tem dificuldades de competir com as empresas maiores, ainda tem o seu custo elevado de 5% ou 8%. Para melhor entendimento ao leitor: a empresa do regime geral paga o Diferencial de Alíquota (Difa) de ICMS, mas se credita deste valor ao passo que a pequena não tem este benefício.
No Rio Grande do Sul o diferencial de ICMS já é cobrado a muito tempo, e nem por isso o desempenho da indústria é satisfatório, ao contrário apresenta fraco desempenho. A justiça fiscal é sim fator indispensável para que as pequenas empresas, inclusive as do ramo industrial sobrevivam. São elas as maiores geradoras de empregos.


Talvez a receita recomendada ao varejo de uso de óculos com lentes de longo prazo seja também a recomendada ao setor que se julga prejudicado caso a mudança tributária que é aguardada a uma década seja adotada, e acreditamos que ela possa vir com o novo governo.
Para o Presidente do Sindilojas Alto Uruguai, Francisco José Franceschi, os empreendedores do varejo, além da formação que os qualifica para a atividade, possuem um diferencial indispensável para a gestão de suas empresas; Estar permanentemente em contato direto com o consumidor, pesquisando suas necessidades e em busca de produtos para atender o mercado cada vez mais globalizado. Talvez esta seja a receita para a indústria gaúcha. Atendidas estas exigências, certamente o varejo gaúcho passará a firmar parcerias para a distribuição dos produtos aqui produzidos e livres do diferencial de ICMS, preocupação esta demonstrada por dirigentes de entidades empresariais.
Passou-se o tempo em que o consumidor comprava e pagava o que lhe era oferecido. Se o lojista não oferece ao consumidor o que ele procura, ele recorre a compras online e esta forma de comércio não tem nenhuma preocupação com os empregos dos industriários e tampouco com os dos comerciários gaúchos.
Franceschi entende que o momento é de definição para o governo que a partir de 1º de janeiro assume com a responsabilidade de governar o estado em meio a compromissos de campanha, mas mais que isso, com integrantes no governo que participaram ativamente de discussões na Assembléia Legislativa e assumiram compromissos em defesa dos pequenos varejistas, inclusive editando e promulgando lei que restabelece justiça fiscal a pequenos comerciantes. O dirigente destaca que o grupo acompanhará as medidas adotadas pelo governo e se necessário fará duras cobranças se o setor não for atendido. Líderes Sindicais do varejo ao avaliarem a questão Difa, concluíram que já se passou muito tempo sem uma resposta que atenda ao setor que com razão, cobram ações mais enérgicas de suas entidades.
Há risco de fechamento de estabelecimentos, gerando prejuízos aos empreendedores e a toda sociedade. O desemprego é a primeira conseqüência, deixando empreendedores e trabalhadores impossibilitados de prosseguir em sua atividade, muitos deles inclusive vendo seu sonho de alcançar a aposentadoria cada vez mais distante.



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