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   12/09/2011 - Perda da participação do Estado no PIB brasileiro é debatida durante o Giro pelo Rio Grande

   
 

 

     

 

  Evento promovido pelo Sistema Fecomércio-RS
reúne dezenas de dirigentes sindicais em Erechim

Uma reunião com a participação de mais de duzentos empresários de Erechim e dos municípios de Frederico Westphalen, Palmeira das Missões, Carazinho, Passo Fundo, Tapejara e Lagoa Vermelha deu início aos painéis técnicos do Giro pelo Rio Grande promovido pelo Sistema Fecomércio-RS, nesta segunda-feira, 12. Coordenou o debate "Os Desafios do Rio Grande do Sul" o vice-presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, que fez as interferências nas falas do economista Marcelo Portugal, do tributarista Rafael Pandolfo e do cientista político Fernando Schuler. O evento foi realizado, no final da manhã, no Polo de Cultura, Parque da ACCIE, e foi seguido de um almoço.
Durante a abertura da primeira edição do Giro pelo Rio Grande, o presidente do Sistema Fecomércio-RS, Zildo De Marchi, afirmou que "temos que visualizar o futuro e os desafios que estão por vir". De Marchi conversou com mais de sessenta integrantes de sindicais da Região Norte do Estado nas primeiras horas da manhã, durante o Café com o Presidente. Ele destacou que o avanço tecnológico e o fluxo de informações exigem de empresários a busca por constante atualização, e o Giro pelo Rio Grande tem por meta auxiliar com informações técnicas e atualizadas.
Esta primeira reunião do Giro pelo Rio Grande tem por objetivo reunir sindicatos e empresas das cidades de Erechim, Frederico Westphalen, Palmeira das Missões, Carazinho, Passo Fundo, Tapejara e Lagoa Vermelha Participaram nove sindicatos patronais, que possuem uma base de abrangência de 137 municípios. Para De Marchi, a iniciativa levará a um fortalecimento das ações do Sistema Fecomércio-RS. "Com esta troca de conhecimentos, os empresários e sindicatos poderão ter mais segurança para a sua tomada de decisão", prevê.
Conforme o presidente do Sindilojas do Alto Uruguai Gaúcho, Francisco José Franceschi, é importante saber o que acontece além das nossas fronteiras e dos nossos negócios, por isso o Giro pelo Rio Grande ocorre com trabalho e debates. "Os empresários têm a meta de desenvolver mais do que suas empresas, mas também a sociedade. Nossa contribuição é para que nossa região cresça de forma harmoniosa, e creio que estamos todos comprometidos com um futuro promissor", avaliou.

PAINEL DESAFIOS DO RIO GRANDE DO SUL
O consultor econômico da Fecomércio-RS, Marcelo Portugal, iniciou sua análise econômica fazendo considerações sobre a perda de participação do Rio Grande do Sul no PIB brasileiro. Ele cita, por uma das razões, que nosso Estado não investiu ao longo dos anos tanto quanto a economia privada. "Se você consome a maior parte dos seus recursos em gastos correntes, você não aumenta a base produtiva e não alavanca a economia", argumentou.
A atual participação do Estado é de 6,5%, mas uma comparação com o Estado do Paraná, que tem 6,03% de participação, mostra que o Estado tem perdido espaço com o passar dos anos, enquanto que o Paraná está aumentando. Portugal avalia que é preciso acumular capital, expandir a força de trabalho e ainda buscar tecnologias e desenvolvimento da educação como formas de desenvolver a economia gaúcha. "Esses ingredientes precisam ser estruturados. Mas nossa maior perda é no baixo acúmulo de capital", avaliou.
A substituição tributária e o pagamento de diferencial de alíquota do ICMS nas compras interestaduais são temas considerados fundamentais para a busca de solução às micro e pequenas empresas. A afirmação é do advogado tributarista Rafael Pandolfo, que falou durante painel técnico em Erechim. O tributarista demonstrou toda a atuação da Fecomércio-RS junto ao Legislativo e Executivo buscando reverter as perdas das empresas com esses dois pontos. "A substituição tributária pode ser um remédio ou um veneno. Remédio para o combate à sonegação fiscal, mas um veneno nas distorções da Margem de Valor Agregado presumida, quando se faz uma tributação artificial", destacou Pandolfo.
Na sequência, o cientista político Fernando Schuler comentou o fato de os outros Estados estarem se desenvolvendo mais rápido que o Rio Grande do Sul. "O nosso Estado está escorregando perigosamente para indicadores desfavoráveis, por isso, é importante efetivarmos as parcerias público privadas", afirmou.
Depois da etapa do Giro pelo Rio Grande, em Erechim, está marcado um novo encontro no dia 4 de novembro, ainda sem município confirmado. Para 2012, o projeto deve ter ao menos cinco reuniões no interior.

12.09.11
 
   
 

 

 
     

 

 
 

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