s empresas brasileiras não estão demitindo mais por conta da crise. Pelo contrário, estão buscando manter seus trabalhadores em seus quadros até mesmo pelo alto custo com encargos sociais que uma dispensa implica. Os dados do Caged do Ministério do Trabalho comprovam que os desligamentos estão caindo significativamente em todos os setores da economia: o número acumulado em 12 meses, que teve seu pico de 20,5 milhões no fim de 2014, caiu para 18,5 milhões em 2015 (-9,9%) e para 17,3 milhões em abril deste ano.

O que explica esse 'enigma' do mercado de trabalho no País é a redução expressiva no volume de contratações, que costuma ser muito grande no Brasil, devido à alta rotatividade. Com isso, há uma queda paulatina da geração líquida de postos de trabalho - resultado da conta 'admissões menos desligamentos'. "Por este aspecto, podemos afirmar que a geração de vagas está, sim, acompanhando a atividade econômica em recessão", afirma Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS, entidade que realizou a avaliação 'O que está acontecendo com o mercado de trabalho no Brasil? Temos um novo enigma?' Segundo ele, nos últimos 12 meses, a economia brasileira está destruindo quase 2 milhões de postos de trabalho formais, após ter registrado um saldo positivo de cerca de 1 milhão de empregos em meados de 2014.
O estudo pode ser acessado pelo link: http://links.fecomercio-rs.org.br/ascom/estudodesemprego.pdf