ERECHIM - RS

 

Aspectos gerais

Município de Erechim está localizado ao Norte do Rio Grande do Sul, na Região do Alto Uruguai, sobre a cordilheira da Serra Geral. Tem como limites ao Norte os municípios de Aratiba e Três Arroios, ao Sul Getúlio Vargas e Erebango, ao Leste Gaurama e Áurea e ao Oeste os municípios de Paulo Bento e Barão de Cotegipe.

Características Físicas

Área: 431km²
População: 96.310 habitantes
Clima: Subtropical, apresentando as quatro estações bem definidas (primavera, verão, outono e inverno).
Temperaturas: A temperatura média anual é de 18,7ºC. Máxima 39ºC. Mínima -5ºC.
Hidrografia: As chuvas são irregulares, chegando a precipitação pluviométrica de 1618 mm ano.
Arborização: diversificada
Altitude: 768m acima do nível do mar
Altimetria: Latitude 27º37’54" e Longitude 57º16’52"
Acessos: Via Aérea - Aeroporto Federal Comandante Kraemer  -
Via Rodoviária - RS 135, RS 331, RS 419, RS 420, RST 480 , BR 153 e BR 480, ligando os vários municípios da região (todas pavimentadas).
Distância de Porto Alegre: 360 km

 




Prédio da Prefeitura de Erechim

 


Prefeitura
 


Distâncias entre as principais cidades do MERCOSUL Distâncias rodoviárias

Erechim - Florianópolis 536 Km
Erechim - Curitiba 506 Km
Erechim - São Paulo 900 Km
Erechim – Brasília 1.790 Km
Erechim - Montevidéu 1.240 Km
Erechim - Buenos Aires 1.420 Km
Erechim - Assuncion 980 Km
Erechim - Santiago do Chile 1.900 Km

ECONOMIA

Erechim é considerado um dos principais pólos de desenvolvimento industrial do norte do Estado do RS, com predominância da indústria metal-mecânica e de balas e doces, além de plásticos, carrocerias de ônibus, equipamentos para informática, cartões magnéticos, equipamentos cirúrgicos, hospitalares e para escritórios, vestuário em tecido e malha, calçados, móveis e estofados. A atividade é a grande geradora de empregos representando 35,53% da atividade econômica do município. Em segundo lugar vem a prestação de serviços com 38,30% e em terceiro o comércio, com 22,32% da economia municipal. O setor primário, que figura em último lugar como gerador de receita, é de importância fundamental pela diversidade de sua produção, caracterizada pelos minifúndios que fornecem matéria prima para a agroindústria regional.

 




Castelinho

     
     

Centro da cidade


Vista aérea da cidade

  - População Economicamente Ativa: 47,60%
- Força de trabalho - nº de pessoas trabalhando: 37 mil

Prestação de Serviços

O setor cresceu bastante nos últimos anos. Ocupa o primeiro lugar na participação econômica do Município, representando uma parcela de 38,30% na economia municipal. Destaca-se por ser o que mais emprega mão-de-obra - mais de 10 mil empregados - seguido da indústria, comércio e agricultura.

Os números demonstram a tendência de crescimento cada vez maior deste setor, considerada a atividade com melhores perspectivas quanto à capacidade de geração de empregos em nível global.

O SESI, o SESC, o SENAI, o SEBRAE, o SENAC, as Escolas de Ensino Médio Técnico-Profissionalizante e a URI qualificam e modernizam a mão-de-obra dos trabalhadores erechinenses e contribuem, desta forma, para o crescimento do setor de serviços, atraindo indústrias que necessitam de mão-de-obra especializada de diversos estados brasileiros.

     
Distrito Industrial

É gerenciado pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. Ainda com lotes abertos à instalação de novas empresas, o Distrito Industrial Irany Jaime Farina conta com 678.813m² de área já ocupada e norteia o desenvolvimento da Cidade. A infra-estrutura é composta de pavimentação asfaltada das ruas e acessos, água potável, rede telefônica, iluminação pública, energia disponível e transporte coletivo. Em andamento a terceira fase de ampliação com mais 308.037,86m², completa infra-estrutura e a instalação de mais 31 novas empresas e já com uma nova área adquirida de mais de 150 metros quadrados, que vai possibilitar nesta quarta fase de ampliação do DI a instalação de mais uma dezena de indústrias. O acesso ao Distrito Industrial é pela BR-153.


 




Vista do Distrito Industrial


Berçário Industrial

Área com 560m² destinada ao desenvolvimento de microindústrias. Atualmente estão instaladas dez microempresas dos ramos moveleiro, calçados, confecções, serigráfico e metalurgia leve. Localizado na Rua Ernesto Galli, Vila Santa Catarina, Três Vendas, o Berçário Industrial funciona num sistema de condomínio. Empresários recebem assessoria da URI Campus de Erechim para melhorar o desempenho administrativo e empresarial.

     
Produção primária garante matéria-prima para as agroindústrias familiares


Festa Di Bacco
 

A atividade que propiciou o desenvolvimento desta região representa, hoje, 6,39% da arrecadação municipal, porém a sua importância não pode ser medida somente por este índice, já que a agricultura e pecuária são atividades que garantem a matéria prima da agroindústria forte da região e, também, exercem influência direta sobre a atividade comercial.

São cerca de 2.919 pequenos produtores no município, que cultivam: milho, soja, feijão, arroz, erva mate, aves, suínos, leite, alcachofra, peixes, hortaliças, fumo, frutas e outros.


Os produtores conseguem, através do Cooperativismo, a organização necessária para desenvolver novas técnicas de produção, alternativas de diversificação, assistência técnica e garantia de comercialização que, aliadas à característica do povo trabalhador de nossa região, conseguem fixar o homem ao campo, proporcionando qualidade de vida e conforto para o meio rural.

     
Agricultura:

A quantidade produzida é a seguinte (1999):

Soja: 1.117.773 toneladas
Milho: 1.828.672 toneladas
Trigo: 498.639 toneladas
Feijão: 146.530 toneladas
Cevada: 149.713 toneladas
Frutas: 736.440 toneladas

Pecuária:

Aves: 30.531.550
Bovinos: 15.353
Suínos: 325.735

Também possui criadores de bubalinos, caprinos, codornas, coelhos, eqüinos, muares e ovinos.

 


Vista aérea da Frinape


Frinape

Comércio diversificado

A participação da atividade comercial na economia de Erechim, quando comparada com a contribuição das demais atividades, é muito significativa e tem evoluído tanto no aspecto quantitativo como qualitativo. Contribuindo com 22,32% da arrecadação do município, o setor tem crescido em quantidade, qualidade, variedade e diversificação, o que torna Erechim um centro comercial para a região do Alto Uruguai. Destaca-se o comércio de cereais, veículos, eletrodomésticos, ferragens, tecidos, confecções, calçados, alimentos, máquinas e equipamentos, peças e acessórios, entre outros.

Turismo: grande potencial de futuro


Praça da Bandeira
 


Erechim possui um potencial turístico muito importante. A cidade possui uma história que se encontra registrada em sua arquitetura, no Castelinho, nosso patrimônio Histórico. Possuímos belezas naturais que se constituem em atrativos turísticos potenciais, como o Parque Longines Malinowski, o Centro de Lazer da Estância Hidromineral das Águas da Cascata, além do Centro Cultural 25 de Julho, um dos melhores teatros do interior do estado, que serve de palco para a realização de eventos de âmbito nacional e internacional e outros como o Pólo de Cultura do Norte e Nordeste do RS, a URI - Campus de Erechim, a Catedral São José e o Estádio Colosso da Lagoa Ypiranga F.C.


Erechim é uma cidade de braços abertos que procura se integrar com outros povos e lugares na sublime missão de vivenciar idéias, valores e projetos, rumo ao progresso. O Turismo é atividade que mais cresce em nível mundial e, em Erechim existe um grande potencial ainda não explorado, mas que está sendo trabalhado para, no futuro, tornar-se uma importante fonte de renda e emprego à população.

     
Biblioteca Pública Municipal

O acervo é expressivo e o espaço é amplo. São mais de 30 mil volumes e uma coletânea de mais de 25 mil títulos diferentes. A Biblioteca Pública Municipal Gladstone Osório Mársico funciona na Rua Rui Barbosa, 100. Fone: (54) 522-2300 - ramal 2023. O horário para visitas: manhã - das 8h15min às 11h30min; à tarde - das 13h30min às 21 horas. Para o público infantil, diariamente, está reservada a Hora do Conto, para isto basta agendar o dia e o horário.

Arquivo Histórico Municipal

A memória da cidade está preservada no Arquivo Histórico Municipal Juarez Miguel Illa Font. São mais de 100 mil documentos a disposição do público, duas mil fotos reveladoras do desenvolvimento do Município, 180 fitas cassetes com depoimentos de pioneiros e 120 fitas de vídeos registrando eventos importantes da cidade.

Periodicamente, o Arquivo Histórico apresenta exposições em seu hall de entrada. Horário para pesquisa e visita: manhã - das 8h às 11h30min e à tarde - das 13h30min às 18 horas. Endereço: Rua Rui Barbosa, 100. Fone: (54) 522-2300 - ramal 2023.

 




Pólo de Cultura


Pólo de Cultura

Escolas particulares

Além das escolas públicas municipais e estaduais - 22 na área urbana e 7 na zona rural -, Erechim conta com a qualidade das escolas particulares: Centro Educacional São José, Colégio Nossa Senhora Medianeira, Instituto Barão do Rio Branco, Escola Dom, Escola Básica da URI - Campus de Erechim e Escola Adventista.

A este conjunto se juntam as escolas maternais e de jardim de infância, escolas de dança e academias de ginástica e yoga. Com igual competência funcionam as escolas de Língua Estrangeira: CCAA Yázigi, Joyce, Quatrum, Wizard e Fisk.

Escola Municipal de Belas Artes
 

 

A Escola Municipal de Belas Artes Osvaldo Engel é um espaço aberto à criatividade da população adulta e infantil.
Oferece cursos de piano, teclado, violino, flauta doce, com aulas complementares de teoria e solfejo, história da música e harmonia. Em artes cênicas: balé clássico, sapateado e oficinas de teatro.

Na área de artes plásticas são oferecidos cursos de pintura e desenho, entalhe e escultura, tingimento em tecidos nobres e artesanato.
 

As aulas são desenvolvidas em três turnos. A Escola funciona na Rua Nelson Ehlers, nº 158, fone: (54) 3321-2643.
 
URI - Universidade Regional Integrada - Campus de Erechim
 

É uma opção para o ensino universitário da Região. A URI - Campus de Erechim está localizada na Avenida Sete de Setembro, 1621, numa área de 47.259 m2, sendo 20.513 m2de construção num conjunto de 12 prédios. Possui 20 cursos de graduação, 10 de pós-graduação, mais uma Escola de Ensino Fundamental e Médio, totalizando cerca de 6 mil alunos. Neste espaço funciona, também, a Escola de Ensino Fundamental e Médio. A URI -Campus de Erechim -, além da educação formal incentiva e apóia atividades complementares na cultura e nas artes.

Mantém estreita parceria com instituições públicas e privadas.

 

Promove mais de uma centena de eventos destinados à comunidade acadêmica e segmentos profissionais. Avançados equipamentos permitem a professores, alunos e demais interessados, aulas de experimentação, pesquisas básicas e aplicadas e ainda exames laboratoriais de alta precisão. Além disso, possui áreas específicas de prestação de serviços, pesquisa e atividades de extensão voltadas ao desenvolvimento regional.


FAE-Faculdade Anglicana de Erechim
 
 

O Instituto Anglicano Barão do Rio Branco oferece Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Pós-Médio, Pós-Graduação Profissional e Ensino Superior. Os Cursos de Graduação oferecidos são nas áreas de Administração de Serviços e Sistemas de Informação e os de Pós-graduação são os MBAs em Gestão de Pessoas, Estratégias e Negócios; Administração e Gestão Hospitalar e Administração e Engenharia da Produção.

UERGS-Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

A Uergs é uma universidade pública e gratuita, criada pela lei 11.646 de 2001, mantida pelo Estado do Rio Grande do Sul. Resultado de um amplo processo de participação da sociedade, por meio das assembléias do Orçamento Participativo, a Universidade teve seu estatuto, seu projeto acadêmico e seu conceito construídos pelas próprias comunidades. Voltada para o desenvolvimento, sua proposta é de um ensino inclusivo e solidário. Na Uergs, 50% das vagas são reservadas para ingresso de estudantes de baixa renda e 10% para portadores de necessidades educativas especiais. Em Erechim oferece o curso superior de Tecnologia em Meio Ambiente.

Formação do povo erechinense

Os primeiros habitantes da região do Grande Alto Uruguai eram caçadores nômades primitivos e viveram há 10 mil anos atrás. Mas muito antes do Estado incentivar a vinda do imigrante, a grande Erechim concentrava as tradições indígenas dos Caingangues. Depois de um tempo, os donos da terra perderam seus espaços porque aqui chegaram os bandeirantes paulistas. Na posse da terra, as bandeiras dizimaram e empurraram os índios, cada vez mais, para o norte. Mas da relação, opressor e oprimido, nasceu o caboclo errante, afeiçoado ao nomadismo, povoador deste solo e instrutor dos muitos imigrantes.

Dos índios às bandeiras paulistas, as matas nativas serviram também de abrigo e refúgio para os fugitivos farroupilhas e federalistas. O grande território de Erechim - antes pertencente ao município de Rio Pardo, depois a São Luís da Leal Bragança, a São Borja, a Soledade e, finalmente, a Passo Fundo - era terra sem lei e palco de violência. As transformações desta terra, que herdou da língua caingangue seu nome próprio, no que é hoje Erechim, é fruto das necessidades de um Estado vivendo no início do século 20, o caos político e econômico. Na reformulação administrativa a ordem era assentar, mas com o devido critério.

As lições aprendidas quando da implantação das Colônias Velhas - concentração dos primeiros imigrantes - mostraram aos  administradores  políticos  que  os  caminhos a  serem  trilhados

 


Estrada de ferro de Erechim


Ferroviária

teriam  que ser outros. Uma data é importante: 1904. A partir desse ano, o vasto território erechinense, sob a jurisdição de Passo Fundo, começou a ter seu espaço demarcado. Um cuidadoso levantamento foi realizado, cursos dos rios foram observados, estradas estudadas e lotes de terras discriminados. Quatro anos depois - 1908 - o então presidente do Estado, Carlos Barbosa Gonçalves, instalou a Colônia Nova de Erechim, mais precisamente em 6 de outubro, com sede em Capo-Erê. A Colônia nasceu fadada ao sucesso. Em seus primeiros anos já era modelo e crescia rapidamente.


Etnia Alemã
 

 

Oitenta e quatro anos depois de terem aportado na antiga Feitoria do Linho Cânhamo, perto de São Leopoldo - 1824 -, dando início a política de imigração no Rio Grande do Sul, os alemães chegaram ao Norte do Estado e, principalmente, em Erechim e aqui tiveram significativa participação no desenvolvimento do Município. Deixavam para trás as colônias velhas e buscavam solos favoráveis à colheita. Alguns foram para Cruz Alta, outros se espalharam para Ijuí e Santa Rosa, mas muitos acreditaram nas terras produtivas de Erechim e aqui se instalaram.

A política de incentivo à vinda da mão-de-obra européia pelo Governo brasileiro fez com que muitos imigrantes atravessassem o Oceano Atlântico, abandonando uma Europa em crise, para construir vida nova no lado de cá.

Os anos de 1908 e 1910 assinalaram a vinda das primeiras famílias. Colonos e imigrantes concentravam-se ao largo da estrada de ferro que surgia ligando o Rio Grande do Sul a São Paulo. E formaram, desde logo, núcleos em Aratiba, Três Arroios, Getúlio Vargas e Marcelino Ramos. Em 1926, os alemães já representavam 13,34% da população. Eles trouxeram conhecimentos de cálculos e engenharia e muitos passaram a ser aproveitados nas construções  de  pontes,  prédios  e  estrada de

ferro do Grande Erechim. Os alemães transmitiram hábitos, costumes, folclore e a esfuziante alegria das suas festas - os conhecidos Kerbs realizados na sede do Centro Cultural do Clube 25 Julho - e seus encontros religiosos. A influência alemã, também, é notada nos ramos da hotelaria, da educação, arquitetura, arte e cultura.

Talento musical não faltou para os que aqui chegavam. Em todas as famílias de imigrantes, a música era um hábito e muitos dos seus integrantes vão compor a Orquestra de Concertos de Erechim, hoje uma tradição musical do Município.

Etnia Italiana

O verão de 1910 marcou a chegada das quatro primeiras famílias de italianos em Paiol Grande. Na vila, as casas de madeiras começavam a ser erguidas. As primeiras foram destinadas ao escritório da Comissão de Terras, depois vieram as enfermarias, os depósitos de materiais e os dois barracões para a hospedagem dos imigrantes. O trem era o meio de transporte. E as moradias foram sendo elevadas ao longo e ao redor da estrada de ferro. A chegada dos imigrantes era sempre uma festa no vilarejo que se formava.

Católicos fervorosos, os italianos expressam sua fé na capela construída dedicada a Santo Antônio, o primeiro santo padroeiro de Erechim. Os italianos que aqui aportaram vieram das colônias velhas - Caxias do Sul, Flores da Cunha, Garibaldi e Antônio Prado.

Com os colonos migrantes, vieram aqueles que ousaram fazer a travessia do Oceano Atlântico. Saíam da Itália porque lá as condições de vida estavam difíceis. Vieram atraídos por promessas nem sempre cumpridas. Das colônias velhas saíam porque viam em Erechim a chance de ter um futuro mais rico. A terra foi  generosa  e  correspondeu.   Mesmo   com   os   poucos  recursos

 

recebidos do Governo, o colono italiano soube aproveitar as possibilidades oferecidas e as transformou em riqueza e progresso. Com seu trabalho e esforço, os imigrantes foram modificando, construindo e tornaram Erechim uma cidade desenvolvida que é de todos.

Os italianos, depois dos alemães, se constituem no maior grupo vindo para Erechim e região do Alto Uruguai. Hoje seus descendentes representam 65% da população erechinense. A colonização italiana imprimiu um grande impulso no desenvolvimento do Município e sua influência marcou a cidade e a região em sua vida social, econômica e cultural.

Etnia Polonesa


Coral Polonês


Jupem

 

O século XIX chegava ao final quando os primeiros poloneses atraídos pela propaganda que o Governo brasileiro fazia na Europa resolveram fazer a travessia do Oceano Atlântico. Uma nova economia emergia no Brasil e o Segundo Império agonizava. Recrutar imigrantes na Europa compunha o novo perfil econômico do País que se encaminhava para a industrialização. A mão-de-obra negra perdia sua importância. No seu lugar uma nova força de trabalho se impunha: a dos imigrantes. Representantes do Brasil se empenhavam na Europa em valorizar as vantagens oferecidas pelo governo. Motivado pelas promessas, um grande contingente de poloneses buscou um novo lugar para viver.

Muito antes, de chegarem ao Sul e, especialmente, em Erechim, levas de poloneses enfrentaram o calor dos assentamentos localizados no Espírito Santo. No solo gaúcho, o caminho inicial foi as chamadas Colônias Velhas. Ali a maioria e os melhores lotes de terras já estavam divididos entre os imigrantes alemães e italianos. O início foi difícil, mas o incentivo da posse de terras existente no norte do Estado - plantar e ganhar dinheiro - oferecido pela Comissão de Terras, responsável pela colonização da região, fez com que muitas famílias polonesas apostassem nesse novo sonho e começassem a chegar em Paiol Grande, sede da Colônia Nova Erechim, no ano de 1907.

Etnia Israelita

O século 20 iniciava quando as famílias judias começaram a pisar no solo gaúcho, mais especificamente na Colônia de Quatro Irmãos, em Erechim. A vinda era estimulada pela Jewish Colonization Association - I.C.A - fundada pelo Barão Maurício Hirsch, um francês de origem judaica, banqueiro em Bruxelas e construtor de estradas de ferro na Rússia, Áustria e na Turquia. Com o apoio de outros banqueiros, Barão Hirsch passou a comprar terras nos continentes norte-americano e sul-americano com vistas a estimular a emigração dos judeus da Europa. Brasil e Argentina se destacaram entre as nações da América Latina que receberam os maiores contingentes de famílias judias. Os imigrantes eram originários da Romênia, da Alemanha, da Rússia, da Áustria, da Espanha, da Itália e de vários outros países. Os judeus fugiam da fome, das perseguições e do racismo que se expandiam pelo continente europeu.

A Jewish Colonization Association foi criada para subsidiar colônias agrícolas judaicas fora da Europa. Para resgatar os judeus, a I.C.A abriu, inicialmente, uma frente de trabalho na Argentina, mais especificamente em Buenos Aires. A entrada no Brasil começa em 1904 com as primeiras 27 famílias sendo assentadas na Fazenda Philippson, no município de Santa Maria. Em 1909 a I.C.A. adquiriu a Fazenda de Quatro Irmãos, com 93.850 hectares, e ali foram estabelecidas 32 famílias que vieram provenientes da Argentina.

 


Sinagoga


Sinagoga

O Gaúcho

 

O Tradicionalismo é o gaúcho em sua essência, preservando um passado de lutas históricas. É perceber o influente desempenho político e econômico do Estado para toda a Nação. Ser tradicionalista é ter latente o respeito ao espírito heróico dos farroupilhas. É exercitar a manifestação de apego à terra. É manter acesa a chama crioula do cultuar das tradições. O Movimento Tradicionalista nasceu em Erechim na década de 50 - nessa mesma época se expande por todo o Rio Grande do Sul esse sentimento de amor à terra - com a fundação do CTG Galpão Campeiro. Na sua esteira vieram muitos outros que se expandiram

pela Região congregando, abrigando e fortalecendo todas as etnias que se traduzem Unicamente no povo gaúcho.

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